terça-feira, 16 de outubro de 2007

O maior castigo para Adão e Eva e descendentes

O maior castigo do Criador aos desobedientes Adão e Eva por infringir as Leis Celestiais não foi a perda da eternidade de suas carnes, foi dotar-lhe de “consciência”.
Com esse novo atributos dos primeiros representantes da raça humana, o homem se tornou capaz de rever o passado e prever o futuro, e descobriu que se tornaram “efêmeros” como a flor que abre de manhã e cai à tarde.
Ao mesmo tempo, que ganharam esses “poderes”, esses humanos desenvolveram a artimanha do esquecimento. Então, novamente o Criador intervém e lhe aplica mais uma pena: a que descobriram o valor da consciência quando ela não tivesse mais nenhum valor para eles pelos tantos erros que cometerem até então.
É isso que acontece nos dias de hoje. Um finge que não sabe enquanto o outro finge que acredita. O homem não descobriu na sua consciência que mata o planeta a cada dia que passa com suas ações predadoras que visam só o financeiro. Não se olha o próximo, se esquecem de estender a mão, de dar “bom dia”, de responder um “boa noite”, se esquecem do próximo. Fingem que estão seguros entre os seus muros altos e que aquilo que acontece lá fora pouco ou nada tem de comum com eles, ou não os afetarão.
A natureza da dá sua resposta como que para provocar esse instinto no homem. Mas, ele finge que nem tem esse poder.
Esquecem que foi essa “consciência” que os elevou de simples primatas a condição de quase senhor do seu universo. Quando descobrirem que a consciência é a sua maior arma contra todos os males, já será tarde.......

domingo, 7 de outubro de 2007

A prestação que cabe no bolso.

Por Manuel Messias da Silva

A população brasileira nunca teve tanta oferta de crédito.Nas esquinas as financeiras oferecem dinheiro praticamente com a mesma facilidade que se compra um pastel na feira. Panfletos divulgam condições tentadoras para empréstimos.O comercio alonga os prazos nas compra financiadas. O consignado ultrapassou os 30% do comprometimento de renda. Por outro lado, cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com endividamento crônico, segundo constatou em 2006 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trocando em miúdos: o brasileiro gasta além do que ganha. O mais assustador neste quadro paradoxal - divida e excesso de dinheiro - é que os juros ainda abusivos deixaram de ser questionados. Ao contratar um empréstimo, o brasileiro está preocupado em saber se a prestação vai caber no seu bolso a cada mês. O cenário é perverso porque a tendência de redução da taxa básica de juros que deve fechar 2007 em 10,5% irá baixar ainda os juros, aumentando a tentação de fazer um empréstimo.
Infelizmente o micro-crédito produtivo orientado – aquele alardeado pelo governo há dois anos – ficou esquecido. Não se ouve mais falar em crédito para incentivar a produção, gerar empregos, fazer girar a economia. Vivemos uma distorção dessa realidade, em uma bolha de consumo com conseqüências negativas à economia brasileira. Contratar um empréstimo é algo sério.
Comprometimento de renda também. Por isso reforçamos nossa convicção na defesa das cooperativas de crédito que há mais de um século operam com propriedade nesta modalidade.Porem, diferentemente dos bancos que, em 2006 tiveram lucro líquido de R$34,4 bilhões, as cooperativas não cobram juros abusivos. E, se apurarem “lucro” (sobras), este é distribuído entre os associados proporcionalmente a sua participação. E o dinheiro retroalimenta a economia local, promovendo o desenvolvimento regional.
É este o sistema saudável que o Brasil precisa para acabar com o ciclo de endividamento e consumo desenfreado que não traz crescimento econômico. Mas, enquanto os brasileiros continuarem optando pelas soluções fáceis, os bancos vão continuar a ter lucros recordes.

Presidente da Confederação Brasileira de Cooperativas de Crédito.
Publicado no Jornal Coopsef - Coop.de Econ.e Credito Mútuo dos Funcionário da Sec. de Estado da Fazenda de Minas Gerais - Agosto 2007