Universo produz cada vez menos estrelas
Português David Sobral dirigiu investigação internacional
2012-11-07
Por Luísa Marinho
Em conversa com o «Ciência Hoje», o investigador explicou que desde há 20 anos os cientistas tentam perceber qual a “taxa de natalidade estelar em termos globais no Universo”. O maior problema até há cinco anos “era a forma de o fazer”.
“Quando olhamos a uma grande distância, estamos a receber informação de há muitos mil milhões de anos. O problema é que a expansão do universo faz com que a luz que sai das galáxias se propague e chegue até nós com uma energia diferente”, explica.
Mesmo assim, já se tinha percebido que no passado o universo era mais activo, mas, devido meramente a uma questão técnica, não se estava a olhar para o mesmo indicador, a mesma assinatura.
“O que fazemos é procurar pelas assinaturas estelares e estas mudam em termos de energia. Até há relativamente pouco tempo não havia instrumentação para seguir o mesmo indicador à medida que esse se ia deslocando para energias diferentes”. A fotografia da evolução da taxa de formação de estrelas do universo “era extremamente desfocada”.
Mas isso mudou com a construção de câmaras fotográficas que são capazes de detectar fotões de infravermelhos e conseguem olhar para áreas do céu suficientemente grandes, “permitindo seguir uma assinatura muito clara das estrelas que se estão a formar”, como é o caso do Telescópio Subaru, no Havai, que foi utilizado para este estudo juntamente com UK Infrared Telescope e o Very Large Telescope.“Com a ajuda de filtros e uma técnica bem planeada conseguimos seguir as assinaturas”.
Utilizando, então, as novas medições, “que dão a 'taxa de natalidade' de estrelas no Universo, ou o 'PIB cósmico', foi possível fazer uma previsão em relação ao total de estrelas que existem a cada momento do Universo desde há 11 mil milhões de anos e para qualquer idade no futuro”.
A principal questão que se levanta agora aos cientistas é “o porquê de haver cada vez menos estrelas há medida que o tempo avança”.
“Existem algumas pistas”, esclarece David Sobral. “O gás – a matéria-prima da formação de estrelas – existe em menor quantidade. Mas parece que não é só uma questão de matéria-prima; é também a maneira como este gás consegue ou não chegar até às galáxias. No passado era muito mais fácil, pois parecia haver canais directos que levavam este gás até ao disco das galáxias, o que fazia com que fosse processado muito rapidamente. Hoje em dia parece mais difícil”.
Não se sabe até que ponto tem a ver com a matéria-prima ou o ambiente em que viviam e vivem as galáxias.“Há muitas questões ainda em aberto”, conclui.
Fonte: Ciência Hoje
Leia também na mesma fonte;
Grupo da U. Minho obtém três milhões de euros para investigação
Norte-africanos também têm traços de hibridação com Neandertais
A camada magnética protectora da Terra está a deteriorar-se
Novo aparelho é capaz de melhorar fala de gagos
Ciência Hoje leva crianças e jovens ao Parque Biológico de Gaia com 50% de desconto e transporte gratuito
Tecnologia portuguesa vai controlar a maior experiência de fusão nuclear do mundo
Caneta pré-cheia facilita tratamento da Esclerose Múltipla
Pássaros da cidade modificam comportamento de defesa
Engenheiros britânicos produzem gasolina a partir de ar
Pílula que trava progressão de Alzheimer está a chegar
Leia também na mesma fonte;
A camada magnética protectora da Terra está a deteriorar-se
CiênciaHoje
Notícias do dia
Universo produz cada vez menos estrelasGrupo da U. Minho obtém três milhões de euros para investigação
Norte-africanos também têm traços de hibridação com Neandertais
A camada magnética protectora da Terra está a deteriorar-se
Novo aparelho é capaz de melhorar fala de gagos
Ciência Hoje leva crianças e jovens ao Parque Biológico de Gaia com 50% de desconto e transporte gratuito
Notícias de ontem
Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolvem vacina oral para a hepatite BTecnologia portuguesa vai controlar a maior experiência de fusão nuclear do mundo
Caneta pré-cheia facilita tratamento da Esclerose Múltipla
Pássaros da cidade modificam comportamento de defesa
Engenheiros britânicos produzem gasolina a partir de ar
Pílula que trava progressão de Alzheimer está a chegar