sábado, 24 de fevereiro de 2007

DE TANTO VER TRIUNFAR AS NULIDADES...

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)

Gostaria que essa visão profética do “Águia de Haia” não se tornasse a pura realidade que assistimos nos dias de hoje. Infelizmente, Rui Barbosa, tal qual Nostradamus anteviu esse futuro drástico para nossa sociedade política. Aqui e ali, em Brasília e nos mais escondidos grotões os “vírus perniciosos”, já há algum tempo, infectam a máquina pública em proveito próprio. O que concluímos é parece existir um ímã que se não for da mesma espécie atrai ou é atraído por esses maléficos organismos. Esses infelizes tratam a coisa pública como objeto particular corroendo-a por dentro e por fora em detrimento do objetivo final que seria o bem estar da coletividade. Esquecem que desvirtuar a finalidade característica dos órgãos o leva à deterioração. E, tal o verme que morre com o morto acabarão se sucumbindo conjuntamente como um barco que afunda com os tripulantes.
Será que eu sou um alienígena? Será que o errado sou eu?
Começo a pensar como na citação do grande jurista: “ter vergonha de ser diferente deles”... E, talvez eu seja mesmo um “louco” que vive perdido nas suas divagações, um desajustado com a sociedade ou um lunático que vive num mundo paralelo. Por que se não for isso, como se explica a tendência do povo em eleger as piores espécies humanas para conduzir os seus próprios futuros?
Num dia desses descobri que um determinado indivíduo representante dessa espécie mortífera ganhou mais uma posição de destaque num desses órgãos públicos. Ele representa o tipo mais viu de político. Vive representando durante toda a vida. Com a sua voz impostada tenta passar a idéia de nobreza de um bom moço de família, enquanto trama com os seus qual a maneira mais fácil de levar vantagens e de prejudicar aquele que estiver no seu caminho.
Pois é ele é o mais novo elemento da corte num desses reinos feudais perdidos pelo sertão.
Essa pode ser a história de sua cidade.